quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Nunca mais...

Ele chegou a casa e procurou-a. Ainda deveria estar deitada na cama, soluçando como de costume, apoiada na almofada azul que também servia de apoio, quando ambos faziam amor.
Aberta a porta do quarto, a cara de espanto espelhou a ausência dela. Na mesa de cabeceira um bilhete: "Adeus, ganhei coragem e parti. Vou ser mulher... não há verdadeiro amor que consinta tudo".
Ele gritou e amarrotou violentamente aquele papel. Foi então que reparou, que no meio da tinta das palavras, o sangue escorrido da sua mulher tinha gritado: NUNCA MAIS!