terça-feira, 31 de agosto de 2010

Julguei...

Julguei ver nos olhos de alguém
a imagem desfocada do prazer.
Confusão decrépita, mas pueril,
de um corpo que é já de ninguém.

Frágil boca
que não beija.
Torcidas mãos
que não tocam.
Coração cansado,
dolente, quase parado.

Afiguro-me de ti
prenhe do todo,
que és tu e eu.

Agora acreditas?
Nenhum de nós
MORREU.

Francisco Mota, Agosto de 2010


2 comentários:

nina disse...

Simplesmente LINDOOO o :
"Afiguro-me de ti
prenhe do todo,
que és tu e eu."

Bjo

Lua Nova disse...

Muito, muito bonito... pura emoção.
Beijokas.